Novo Presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo Marcial, Aroldo Martins concede entrevista

Conversa exclusiva com Aroldo Martins, apaixonado por artes marciais desde a década de 70, e que hoje detém a mais alta graduação do Taekwondo: é  grão mestre e presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo Marcial. O compromisso dele com o esporte vai além das regras da modalidade, pois na atribuição de Deputado Federal busca ampliar as iniciativas para alcançar crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social, instruindo-os com princípios de disciplina e persistência. Acompanhe a entrevista em que ele explica algumas peculiaridades do esporte e desafios futuros.

Obrigado por conceder essa entrevista. Primeiramente gostaríamos que o senhor nos explicasse qual a diferença entre Taekwondo Marcial e outras modalidades do Taekwondo?

“O Taekwondo Marcial é a prática da modalidade sem fins de competição olímpica. Auxilia na coordenação física e motora, promovendo mais flexibilidade e concentração. O Taekwondo Olímpico tem as regras feitas para as competições olímpicas”.

Qual a importância do esporte para formação de jovens em situação de vulnerabilidade?

“O esporte na formação de pessoas que vivem em situações precárias é de extrema importância. Não apenas nas artes marciais, mas em qualquer tipo de prática esportiva, especialmente pela inclusão social. Conduz essas pessoas que vivem nas periferias para que sejam assistidas de alguma forma, seja por professores ou mestres. Sem dúvidas o processo evita que se voltem ao submundo das drogas e até da criminalidade. Entre os grandes benefícios da prática esportiva estão a formação do caráter, o respeito ao próximo, a disciplina, a submissão. Trabalha também na educação, na formação do caráter de crianças e jovens. Existem casos em que a pessoa se envolve tanto com o esporte que dedica a vida à ele e ao ensino de determinada prática”.

O senhor considera importante a criação de projeto social que integre crianças e jovens a esse esporte? Existe algum projeto social que contemple esse grupo de pessoas?

“Sim, muito importante. Temos feito trabalhos de inclusão social em todo Estado do Paraná. Destaca-se a parceria que destinou R$1 milhão para convênio entre a Fundação Araucária e Faculdades que dispõem do curso de Educação Física para ministração de aulas de artes marciais a jovens de 07 a 17 anos, de renda social baixa renda e em situação de vulnerabilidade”.

Quais as maiores dificuldades em promover o Taekwondo Marcial no Estado do Paraná?

“Não vejo dificuldades, porque é um trabalho que precisa de dedicação e diligência como qualquer outro e isso nunca nos faltou. Precisa ser feito continuamente e deve ser apresentado a todos os municípios. Dessa forma, justifica-se a promoção da inclusão em programas de ação social. Encontrar pessoas que abracem esse tipo de trabalho também faz toda diferença”. 

Quais as perspectivas na presidência da Confederação para o próximo quadriênio 2022-2025?

“No último dia 20 de novembro, em assembleia geral, fui eleito presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo Marcial e estou com muitas expectativas. Estamos lutando para que seja ampliado o espaço aos praticantes do esporte. Atualmente há a exigência da pessoa estar vinculada exclusivamente à Confederação Brasileira de Taekwondo para que possa participar de seletivas olímpicas. O nosso desejo é que o filiado na Confederação Brasileira de Taekwondo Marcial por exemplo, tenha a mesma possibilidade. Nos Estados Unidos, o esportista não precisa estar filiado em determinada confederação para iniciar o sonho de ser um atleta olímpico”. 

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