Uma frustração e uma busca por se defender do seu irmão foram a grande motivação para Dennys Dzalaby ingressar nas artes marciais. O profissional, que já afiou a trocação de nomes como Wanderlei Silva, Johnny Walker e Francisco Massaranduba, relembrou a sua ligação com a modalidade antes de se tornar treinador de grandes estrelas do MMA. O curitibano destacou a importância do esporte em sua vida e como ele o fez esquecer um antigo objetivo.
“O meu sonho era entrar na aeronáutica de Curitiba. Mas foi também a minha primeira grande frustração, pois eu não fui aceito. Então eu comecei a me dedicar mais ao Muay Thai. Mas o meu principal objetivo, quando ingressei na arte marcial, era aprender uma defesa pessoal, apenas para me defender do meu irmão. Sempre fui bem magrinho, então sempre sofri muito bullying com isso, mas aos poucos eu fui me destacando e ganhando respeito dos meus colegas de treino”, explicou.
Depois de tanto aprendizado e competições em eventos amadores, Dennys se achou na arte de ensinar. Foi aí que o profissional encontrou uma pessoa que mudaria sua vida dali em diante: André Dida. Dida era líder da Evolução Thai, uma das grandes equipes de MMA do país e que tinha nomes de peso em seu elenco. Durante a sua passagem pela Evolução Thai, a maneira de treinar de Dennys foi o que chamou mais a atenção dos lutadores presentes. Dessa maneira, iniciou trabalhos com Francisco Massaranduba e Joaquim Netto, que na época eram lutadores do UFC.
“O meu trabalho em grandes equipes foi com a Evolução Thai, em Curitiba. O Massaranduba me procurou porque ele ia fazer uma luta com um cara canhoto e eu tinha um jogo meio parecido com o do cara. E aí acabou que a gente começou a fazer manopla também. Depois eu comecei a ajudar o Joaquim Silva. O meu ex-treinador, o André Dida, começou a ver que eu puxava uma manopla um pouco diferente. Ele gostava da forma que eu conduzia o cardio dos atletas durante a manopla, com combinações voltadas para situações reais de luta. Eu ajudava sempre que podia. Assistia a luta dos adversários dos atletas com quem eu trabalhava e tentava sempre fazer algum ajuste que pudesse ajudar o meu atleta a buscar a vitória”, explicou o treinador, antes de completar.
Com isso, dentro da equipe mesmo, outros atletas começaram a ver isso e começaram a se interessar pelo meu trabalho. Foi tudo consequência do bom trabalho que eu vinha desempenhando com os atletas. Eu não tinha preguiça e estava sempre disposto a ajudar. Acredito que isso foi um dos grandes diferenciais para que esses lutadores trabalhassem comigo”, analisou Dzalay.
Além de treinador, Dennys Dzalay contribuiu com o universo das lutas de outras maneiras. Ele foi árbitro de diversos campeonatos de Muay Thai, o que exige muita responsabilidade e um alto conhecimento técnico da modalidade, e também participou como professor do projeto social do Instituto Bom Kombat, que fica em São Lourenço, em Curitiba.
“O melhor das artes marciais é você poder retribuir tudo o que o esporte fez por você. Arbitrar me ajudou muito a ter uma entendimento ainda maior sobre a luta. Ao mesmo tempo mostrou que o meu nível de conhecimento era alto, pois ser árbitro é uma responsabilidade muito grande. E tudo isso me levou a ser convidado para participar do projeto social do Instituto Bom Kombat. Além de poder passar um pouco de tudo o que aprendi na luta, é gratificante saber que, assim como aconteceu comigo, eu estava mudando a vida e dando um futuro para outras pessoas”, concluiu Dennys.
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