Com 86,72% do time apoiado pelo Bolsa Atleta, Brasil busca quebrar recordes e manter hegemonia no Parapan

Com o início oficial dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago marcado para esta sexta-feira (17.11) – a Cerimônia de Abertura será no Estádio Nacional, na capital chilena, a partir das 20h30 –, a delegação brasileira busca manter a hegemonia na maior competição esportiva das Américas. São 339 atletas brasileiros em 17 modalidades, incluindo os 10 atletas-guia do atletismo, três calheiros da bocha e dois goleiros do futebol de cegos. É a maior delegação da história do Brasil nos Jogos Parapan-Americanos.

Do total de esportistas, 294 atletas são apoiados pelo Programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte (86,72% da delegação). O investimento do Governo Federal previsto para este ano nos atletas é de R$ 28,11 milhões.

Os Jogos Parapan-Americanos serão disputados entre os dias 17 e 26 de novembro. O Brasil liderou o quadro de medalhas nas quatro últimas edições: Rio 2007, Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019.

O time brasileiro encara o principal desafio antes dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 com o objetivo de melhorar a marca obtida no Parapan de Lima 2019. Há quatro anos, o Brasil fechou a competição com 308 medalhas: 124 de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Nunca nenhum país alcançou tantas vitórias em uma única edição de Parapan.

O ministro do Esporte, André Fufuca, destaca o papel do maior programa de transferência de recursos de forma direta para apoiar os treinamentos e as carreiras dos atletas brasileiros. ” O Brasil é uma potência esportiva no paradesporto e nós vamos com a maior delegação da história para o Chile. São mais de 300 atletas, 87% deles beneficiados pelo Bolsa Atleta. Somos os maiores apoiadores dos atletas brasileiros. Com esse incentivo e o trabalho que temos feito junto ao CPB, tenho certeza que mais uma vez vamos bater recordes de medalhas e trazer o primeiro lugar geral das Américas”, disse.

Vagas para Paris

Em Santiago, os brasileiros competirão em 17 modalidades: atletismo, badminton, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, futebol PC (Paralisados Cerebrais), futebol de cegos, goalball, judô, halterofilismo, natação, rúgbi em cadeira de rodas, taekwondo, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa, tiro com arco e tiro esportivo.

Em oito modalidades, os brasileiros tentarão conquistar vagas para as Paralimpíadas de Paris 2024: basquete em cadeira de rodas, bocha, goalball (no feminino), rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro com arco e tiro esportivo. O futebol de cegos e goalball masculino também classificam os campeões, mas o Brasil já tem vagas asseguradas em ambas por já ter atingido a critérios pré-estabelecidos de qualificação.

 “Esperamos manter o ritmo e o desempenho das nossas últimas participações. Nossos atletas chegam bem preparados e a nossa expectativa é de que trarão muitas medalhas”, afirmou Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e bicampeão paralímpico no futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008).

 A Seleção Brasileira de futebol de cegos chega ao Parapan de Santiago como campeã não apenas da competição, mas também das Paralimpíadas. Ouro em Lima 2019 e em Tóquio 2020, o ala Jardiel Vieira acredita que todos os adversários entrarão no torneio com o mesmo objetivo: tirar a medalha dourada do Brasil. “A expectativa tá grande, a gente tá bem ansioso, mas estamos com o pé no chão e bastante foco. Esperamos fazer uma ótima competição. O Brasil é a única seleção que tem os títulos do Pan e das Paralimpíadas e vamos fazer de tudo para que essa escrita não seja quebrada”. A seleção estreia no futebol de cegos no sábado (18.11), às 18h, diante do México

Delegação

O Brasil será representado por 190 homens e 133 mulheres. Três equipes terão mais mulheres do que homens na disputa no time brasileiro: badminton, com 54,8% do total (17 a 14); taekwondo, com 55% (11 a 9); e ciclismo, com 53,3% (8 a 7). O atletismo é a modalidade com o maior número de representantes do sexo feminino, com 25 classificadas para as provas de pista, saltos e campo.

 Os atletas com deficiência física representam a maior parte dos integrantes da delegação neste Parapan: 247, ou 76,5% do total dos atletas do país na competição. Entre eles estão nomes como o velocista paraibano Petrúcio Ferreira, tricampeão mundial e bicampeão paralímpico da classe T47 (com deficiência nos membros superiores).

 Depois, aparecem os atletas com deficiência visual, que somam 65 esportistas, ou 20,1% da delegação. Entre elas a nadadora pernambucana Carol Santiago (classe S12), dona de oito medalhas, sendo cinco ouros, no último Mundial de natação, em Manchester 2023; a velocista acreana Jerusa Geber (T11), atual campeã mundial; e o jogador brasiliense de goalball Leomon Moreno, tricampeão mundial e ouro nos Jogos de Tóquio 2020, estão entre os destaques.

 Os atletas com deficiência intelectual representam o menor grupo em Santiago, com 11 classificados. Entre eles estão a fundista piauiense Antônia Keyla, medalhista de prata nos 1.500m pela classe T20 no Mundial de Paris 2023; o velocista paulista Samuel Conceição, campeão mundial nos 400m T20 em Paris 2023; e o nadador paulista Gabriel Bandeira, campeão paralímpico e mundial pela classe S14.

 A delegação brasileira no Parapan tem atletas de 24 das 27 Unidades da Federação. Apenas Mato Grosso, Tocantins e Alagoas não estarão representados no Chile. O estado com maior número de atletas é São Paulo, com 86 representantes. Na sequência, aparecem Rio de Janeiro (35), Minas Gerais (25), Paraná (24), Pernambuco (16) e Distrito Federal (15).

 

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