O guianês Carlston “Moçambique” Harris mostrou muita calma, frieza e resiliência para conquistar uma impressionante vitória de virada no último sábado (5) no UFC Sandhagen x Font, realizado na cidade de Nashville, no Tennessee. O atleta da Renovação Fight Team (RFT) começou perdendo os dois primeiros rounds, inclusive sobrevivendo a uma justa guilhotina, mas conseguiu dar a volta por cima no terceiro round e finalizou o norte-americano Jeremiah Wells com um triângulo de mão. O faixa-preta de Luta Livre contou como conseguiu manter a calma para encerrar a luta com a ‘especialidade da casa’.
“Quem conhece a nossa equipe, sabe que a gente treina muito o triângulo de mão. Então, qualquer um que deixar o pescoço, vai perder o pescoço. Mas foi uma luta complicada. Eu tinha plena consciência que estava perdendo a luta. Eu mantive a calma com a ajuda do meu córner e sabia que precisava fazer algo diferente se quisesse vencer a luta, porque por pontos eu sabia que não ia ganhar. Ele chegou a encaixar uma guilhotina bem justa, mas eu defendi e senti que ele cansou. Ele é um cara que explode muito no round inicial. Então, aproveitei esse cansaço dele. Sou um cara frio, resistente e tenho uma boa leitura da luta. Eu mantive a calma e assim que ele me deu uma brecha, encaixei o triângulo de mão para conquistar essa grande vitória”, explicou Moçambique.
Essa foi a quarta vitória de Moçambique em cinco lutas pelo UFC na categoria dos meio-médios (até 77kg), mas sem dúvida foi a mais especial. O triunfo de virada rendeu ao guianês o bônus de 50 mil dólares pela performance da noite. E o pupilo de Márcio Cromado já sabe o que fazer com a grana extra.
“Foi muito bom receber esse bônus. Claro que a gente perde quase 30% pagando imposto, tem que pagar o empresário e os treinadores, mas ainda sobra alguma coisa para ajudar a minha família. Tenho alguns planos para essa grana extra, mas o principal é proporcionar coisas boas para a minha filha”, contou Carlston Harris que, apesar do grande triunfo, não acredita que vá entrar no top 15 da divisão.
“Foi uma grande vitória, mas eu não acredito que essa luta vá me colocar no ranking da categoria. Mas como eu disse antes, quem decide quem vai entrar no ranking é o UFC. Eu acho que ainda terei que fazer mais algumas lutas. Eu tenho 36 anos e sei que não sou um grande vendedor de PPV. Então, terei que nadar mais um pouco para entrar no ranking”, concluiu.
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