Atual campeã do INVICTA FC, Jéssica Delboni dá aula em entrevista inédita e exclusiva com a PRIMEIRO ROUND

Jéssica Correa Delboni, aos 28 anos e representante da PRVT, possui 12 vitórias e apenas três derrotas na carreira. Recém campeã peso-átomo do Invicta FC, a brasileira conversou com a PRIMEIRO ROUND numa excelente entrevista que você vai conferir na íntegra abaixo onde foi falado sobre o cinturão e outros assuntos que entraram em pauta pela atleta como seu título conquistado, UFC, sobre o próximo desafio de sua colega de treino Jéssica Andrade e também sobre a fé dentro da luta.

 

 “Deus prepara a gente pelo que a gente quer receber e quando eu vou pra luta é 50% preparação e 50% em Deus”. 

1.       Como está sendo pra você esta nova fase como a nova campeã do Invicta FC?

“Está sendo uma fase muito boa, eu estou muito feliz que ganhei este cinturão, comecei 2022 com o pé direito, e eu sei que eu tinha vencido a última luta já, e essa luta que eu fiz eu já fui com a cabeça diferente, fui lá e só faltava buscar o que é meu.

Na última luta eu tinha vencido e eu tive essa oportunidade de fazer essa luta de novo então na minha cabeça eu pensei, agora eu vou pra matar, eu vou pra usar tudo que eu posso usar, sem medo de tomar queda. Eu sei que meu Jiu Jitsu é bom, minha trocação é muito boa, então eu pensei, agora eu vou usar tudo que eu tenho pra não deixar dúvida. Tentar nocautear em todos os rounds e foi o que fiz, tentei nocautear em todo os rounds então estou muito feliz porque literalmente, se eu tivesse vencido aquela outra vez, eu já seria campeã, e numa dessa já teria defendido, no final do ano, ou com a que ganhou o GP, que já lutei e ganhei dela. Fiz uma luta linda, estou muito feliz, sou campeã do Invicta e essa nova fase está sendo maravilhosa porque ser campeã abre novas oportunidades, chegar onde eu quero chegar, e eu não posso chegar e ver como algo normal porque antes quando eu não era ninguém eu olhava pro Invicta e via nossa maior evento do mundo, um dia quero lutar lá e não só isso, quero ser campeã do evento, e de verdade sabe, isso é surreal”.

2.        Como é pra você como atleta a PRVT que brilha com o esporte feminino?

A nossa equipe, Graças a Deus, tem muitas meninas e é muito conhecida pela quantidade de mulher no treino e isso é uma coisa muito boa e que ajuda muito. Eu treinei com muitas delas antes da disputa pelo cinturão e fui muito bem treinada, e pra mim estar representando a equipe, as meninas, mostra que somos o melhor time do mundo, as meninas que treinam juntas e ter eu lá como campeã do Invicta mostrando que sou uma das melhores do mundo e da PRVT é uma confirmação que temos um grande time feminino.

Não é à toa, a Jéssica já foi campeã no UFC, tem outras meninas no UFC e outras despontando bastante aí. Na nossa equipe todas as meninas treinam juntas, respeitam o Mestre como líder, e isso é uma coisa difícil de se ver hoje em dia, aqui mesmo nos Estados Unidos, eu não vejo isso, as meninas não entendem disso.

3.        O que você pensa em fazer pela frente para 2022?

Em 2022 foi um ano bem badalado, perdi minha avó, então eu estou treinando, eu tenho claro, meus objetivos, mas eu vivo pensando, Senhor, seja feita a Sua vontade e cuida da minha carreira, porque, de verdade mesmo, depois do que aconteceu ano passado, eu não tenho mais planos, pode ser que eu faça isso, pode ser que eu faça aquilo, esse ano eu espero lutar bastante, já tive a oportunidade de conseguir uma luta na Rússia. Vou lutar Boxe dia 11 de março, então eu quero lutar bastante esse ano, quero também defender esse cinturão, estou aqui nos Estados Unidos, vou sair daqui em abril, voltar para o Brasil, enquanto isso continuo aprendendo o inglês, quero trabalhar, treinar, abraçar as oportunidades, pegar todas as experiências. Esse ano é um ano que estou esperando o que Deus tem pra mim.

 4.       Acredita numa transição sua para o UFC?

Acredito muito numa transição para o UFC, acredito muito, eles já falam muito em abril o peso-átomo (48 Kg) já há um tempo no UFC, não aconteceu ainda, eu vi uma matéria que parece que esse ano eles iriam abrir e eu estou torcendo muito para isso, ia ser muito bom, inclusive para a categoria de cima, muitas meninas de cima desceriam e além disso eu sou a campeã do cinturão do Invicta FC então eu entraria para o UFC sim se eles contratarem, vou entrar como uma das tops. Estou ansiosa para que isso aconteça. Mas se isso não acontecer, eu posso entrar também no peso-palha (52 Kg).

 5.       Como você imagina Jéssica Andrade x Amanda Lemos?

Vai ser uma luta muito boas das duas, são duas brasileiras. Claro que a gente sempre pensa, Ah são suas brasileiras, que chato lutar, mas eu acredito que vai dar a Jéssica sim, minha parceira de treino, mas não vai ser uma luta fácil, a Amanda também é uma atleta muito boa, tem uma trocação boa, no chão também, mas a Jéssica é muito boa no grappling, na trocação, está se preparando muito bem e eu creio muito que ela vence.

 6.       Dá um recado para as meninas que estão iniciando agora para o MMA.

Meninas, não desistam do sonho de vocês. Acreditem em vocês. Não importa qual cidade, qual estado ou região, que você esteja. Na minha cidade não tinha evento nem menina pra eu lutar. Treinem bastante, treinam muito mesmo. Porque são poucas meninas que chegam onde querem, porque Deus vai abrir as portas pra você chegar onde você quer chegar e as oportunidades chegam até você dessa forma. Não parem de sonhar, acreditem, tenha fé. Não existe plano A ou plano B, se você acreditar que você vai chegar onde você vai chegar e treinar duro todo dia, acredita e ter fé, sem vacilar, eu objetivo vai dar certo. Tem que falar não pra muita coisa.

 7.       Eu vi que você posta muita frase da Bíblia, conta um pouco sobre sua religiosidade?

 

Eu sou uma pessoa muito espiritual, acredito muito em Deus, tenho muita fé em Deus, Ele é tudo na minha vida de verdade, eu converso muito com Deus antes da luta eu estou orando, que o Senhor me dê a fé de Jó e de Abraão e que você possa entrar comigo nesse Cage com todo seu exército do Espírito Santo para que eu possa trazer a vitória. Na minha perda do cinturão eu conversei muito com Deus sabe, fiquei muito triste, aí surgiu a oportunidade de eu lutar três vezes no GP na noite, aí eu falava com Ele o que está acontecendo, mas eu vou entender, vou entender…eu sei que o Senhor escreve certo por linhas tortas, então tudo que aconteceu eu pude ver que era totalmente a mão de Deus na minha vida. Foi melhor do que eu imaginava. Ele faz as coisas melhor do que a gente imagina. Às vezes a gente falha nas coisas, não era naquele momento, aí Deus prepara a gente pelo que a gente quer receber e quando eu vou pra luta é 50% preparação e 50% em Deus. 

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