“Nunca tinha ido ao urologista, minha esposa sempre me cobrava, mas o preconceito não deixava eu ir e foi isso que me fez chegar a ter câncer de próstata e precisar de uma cirurgia”, sentencia o ex-boxeador e campeão mundial Macaris do Livramento, que passou por uma prostatectomia radical laparoscópica no último sábado (19/02), no Hospital São Vicente Curitiba.
Macaris do Livramento descobriu um câncer de próstata em 2021, aos 61 anos, após perceber alguns sintomas. “Eu não tinha força na urina e desconfortos e então vi que poderia ser sintoma da próstata e procurei um urologista”, conta.
Somente para 2022, são estimados mais de 65 mil casos de câncer de próstata, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Esse é o segundo tipo de tumor mais frequente na população masculina. Os sintomas costumam surgir apenas em casos mais avançados, por isso a importância do diagnóstico precoce com exames regulares.
“Os homens devem começar a fazer o rastreamento do câncer de próstata aos 50 anos. Em caso de história familiar do câncer, esse acompanhamento médico deve começar aos 40 anos”, explica Dr. David Kulysz, urologista do Hospital São Vicente Curitiba, responsável pelo tratamento e cirurgia do ex-boxeador.
Acompanhamento para o resto da vida
A prostatectomia radical laparoscópica, cirurgia de retirada da próstata que Macaris do Livramento precisou fazer, é indicada quando o câncer está localizado. A escolha por esse tipo de cirurgia é baseada na avaliação individual de cada paciente.
Após o procedimento, é necessária uma rápida internação e uso de uma sonda. A recuperação ocorre entre duas a três semanas. A cirurgia é uma parte importante do tratamento, junto com o acompanhamento médico, que deve ser feito a longo prazo. “O acompanhamento agora é por toda a vida”, ressalta Dr. David Kulysz.
Em recuperação, Macaris do Livramento alerta outros homens sobre a importância do acompanhamento médico para o diagnóstico precoce. “Não quero que outros homens, que meus amigos, passem por isso que estou passando. Não cometam o mesmo erro, não deixem o preconceito chegar na situação que eu cheguei, um câncer mais avançado. É um exame simples, se eu tivesse feito antes não estaria passando por isso que passei”, analisa o campeão mundial de boxe.
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