Brasileiro, Europeu, Pan-Americano e Mundial No Gi. Lucas Pinheiro completou o tão almejado Grand Slam da arte suave ao conquistar no último domingo (13) o único título que faltava em sua carreira. Com um desempenho perfeito, o faixa-preta da Atos Jiu-Jitsu bateu todos os seus oponentes no Mundial No Gi da IBJJF, que foi realizado na Califórnia, nos Estados Unidos, para faturar a medalha dourada na categoria peso-pluma adulto. O manauara, que esse ano se dedicou quase que exclusivamente aos treinos sem kimono, ficou muito emocionado e feliz com o resultado.
“Estou muito feliz. Foram muitos anos trabalhando duro para alcançar esse objetivo. Desde que mudei para os EUA, em 2015, eu tinha como objetivo me tornar campeão Mundial. Passei por muitas coisas e depois desse título eu olhei para trás e vi que não foi fácil chegar onde cheguei. Quando eu subi ao pódio, foi uma sensação muito boa. Depois da conquista eu não aguentei e desabei no choro. Foi um momento muito feliz, mas também de alívio. Parece que tirei um peso dos ombros. Sou muito grato por tudo, especialmente por ter a minha família ao meu lado me apoiando. Se não fosse a minha esposa e a minha filha, eu não estaria aqui hoje”, disse Lucas.
O caminho até o ouro não foi fácil. Apesar de não ter sofrido nenhum ponto em todo o campeonato, ele teve que derrotar alguns algozes pelo meio do caminho, o que tornou a conquista ainda mais especial. Em sua primeira luta, ele bateu o bicampeão Mundial No Gi, o japonês Tomoyuki Hashimoto, que já o havia derrotado três vezes. Em seguida ele superou o americano Junny Ocasio, um atleta que se dedica exclusivamente às competições sem kimono e que também tinha uma vitória sobre Lucas. E na grande final ele derrotou o campeão de 2021 Bebeto Oliveira.
“Tive um dos melhores desempenhos da minha vida em uma competição. Eu caí em uma chave muito dura. Enfrentei nas quartas de final um aluno do Caio Terra que eu já tinha perdido três vezes e ganhei muito bem. Eu estava muito bem fisicamente e psicologicamente. Na semifinal também enfrentei um cara que eu já tinha perdido. Um americano muito bom no sem kimono. Eu consegui impor o meu jogo e venci por 7×0. E na final eu enfrentei o Bebeto, um cara que eu respeito muito e que já ganhou tudo também. Dei o meu melhor contra ele e consegui a vitória. Não sofri nenhum ponto no Mundial. Na verdade, em todas as minhas competições sem kimono esse ano eu não sofri nenhum ponto. Isso é o resultado do quanto eu treinei e me preparei para essas competições”, concluiu o campeão.
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